
Um filho da puta de um dia aziago
Apesar das formigas seguirem certas no carreiro
Ou talvez a certeza seja o fracasso
A solidão, canção diária
E depois num repentino acto tresloucado
Num amputado desejo de voar
Seguem os sonhos
Habitam os desejos mais profundos
A consciência deturpada.
Contemplai então a formiga
O labor correcto e ordenado
O silêncio natural
Negligência, descuido, ausente
Tudo sem ligações
Apenas a mera indiferença
E o tempo segue o seu curso
O mesmo olhar de sempre
Inalar os mesmos produtos tóxicos
Da morte lenta e inodora
Compreensão do inalcançável perfeccionismo
Apenas um olhar penetrante
Ofuscado pela morte
Encostado ao deserto
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