sábado, 12 de maio de 2007

Somos Sombras de Quem Somos




Não me pressiones
A vida já anda acelerada que chegue
Os desertos são cada vez maiores
Os Oásis meras paragens
Cada vez menos intensas

E neste espaço vazio aqui ao lado
A lembrança de amor
A realidade de nada
A mentira de viver
Quando um vegetal tem mais sentimentos
E no entanto dizemos sempre que ainda não acabou

Vivo no sub mundo da consciência
Na rotina entediante de um coração jovem
Na solidão enclausurada
Da vontade própria de ter a perfeição
A minha imaginação vive uma mera imitação de vida
Alguém me leva pela consciência
Relaciono-me comigo mesmo
Com este teclado espancado
Com os recomeços permanentes

E o sorriso é sempre forçado
A frustração escondida
Ainda por esquecer
E tenho sempre outro tipo de rotina
Para entreter este vazio de sentido
Vida de poema e fantasias

Sou uma sombra do que quero ser
Os sonhos meras palavras
Apenas queria que estivesses aqui
Seria tão bom que te integrasses
Nesta interesseira e desgastada vida
Sem rei nem roque...

Amo-te
E palavras não as vejo passar disso mesmo...

Sem comentários: