domingo, 20 de maio de 2007
Insurrecto
Dentro da minha viatura escura
Uma profunda consternação pelo ódio circundante
Todos pegavam nas suas tochas
Prontos para queimar a vida do próximo
Para festejar a sua estupidez
Acelero a fundo pela avenida fora
Um ignóbil revira os olhos pela liberdade auto proclamada
Transporta a suprema manifestação de irracionalidade
Racismo, leviandade profana de destabilizar porque sim
E passo-lhe então por cima?
Transporto a cruz pesada pelo resto da vida?
Não me peçam a paz para os odiosos que matam
Não deem amor onde é preciso correcção
Ele não será inculcado, generosamente instigado
NÃO!
Mas eu, dentro da minha viatura escura
Na noite de uma existência carregada de fogo profano
Ouço as notícias na rádio
E todos enlouqueceram na sua cegueira pelo ódio
E as lágrimas correram-me pela cara abaixo
Gritei, gritei tão alto e tão forte que eles tiveram que parar
E tudo serenou, acalmou na voragem da guerra suja
De vidas sem sentido, sem contemplação ou afectos simples
Fui insurrecto na vertigem da banalidade dos submissos
Os que odiavam não tinham a liberdade ansiada
Nunca a poderão ter, nunca poderão pensar por eles próprios...
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