sábado, 12 de maio de 2007

Do Eterno Erro na Eterna Viagem







É verdade que sempre foi viajar
Que não quis ficar por cá
Apesar do amor envolto
Num manto de tristeza de ausência

É a verdade que não quis ficar
Teve uma coragem pouco admirada
E algo morreu pelo caminho
Semeando a loucura
Que mais tarde poderá ser um erro

E o desapontamento
A vontade de fugir do desalento
Um manobra de fácil esquecimento
Coragem ou cobardia?
Há sempre o complexo subjacente
De quem não está por dentro
E nada tem com essa intimidade

As desilusões
Os desapontamentos
As sementes de chantagem
Para depois fugir
Seria amor a quê?

É mais difícil querer ficar
Do que ficar inerte pela eternidade
É mais difícil surgir com a má cara
Do que fingir o sorriso falso
Desconstrução de barreiras
O ser humano não tem juízo nenhum...

E podia ter sido amado
Se olhasse com outros olhos
Se visse a beleza interior
Do que julgou adquirido
E como o intimidaria a viver
A lutar e a seguir outros caminhos

Descanse em paz
Homem que nunca vi
Nunca olhei
Que cometeu o pecado de não viver
Que vive agora onde precisa
Concerteza que no coração de alguém
Porque incertezas há sempre muitas...

Se Deus há
Que o proteja pela eternidade!


para os anjos suicidas...

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