sábado, 9 de junho de 2007

Sufoco





Encosto-me à porta de saída
Subo repentinamente para o topo do mundo
Lá em baixo dizem-se vivos
Apenas os vejo como pontos difusos
Meras formigas obreiras sem sentido

E falam-me da vida
Dos sonhos maravilhosos
Amor para sempre e essa entente
É tudo tão florido e agonizante
Mas o pensamento supera a maldição da solidão

Consciências ordeiras e liminares
Enganam-se com promessas de vitória engalanada
Deturpam a genuína vontade do saber fazer
Seguem dentro da sua moral forçada
Estupidificante

Não sinto alegria
A vontade de te querer é demasiada
A violência da tua ausência enlouquece-me
O ar que respiro é pesado
A porta atrás fechou-se de repente...

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