sábado, 30 de junho de 2007

Submerso





No lado errado de um conceito maior
Amor enviado para o nada, desprezado
Segues pela solidão fora à espera do infinito
Do rebuliço das manhãs chuvosas
Dos dias de aventura que não querias ter
Olhas em frente e o que vês?
Um mundo lá fora ansioso, tumultuoso
E tu estás fora de ti, fechado no mundo
E segues cabisbaixo na insanidade do etéreo
Contas as estrelas do céu durante o dia
À noite fechas os olhos, nem te lembras
Que no dia seguinte tudo se volta a repetir
Que a chuva volta a cair copiosamente
O vento arrasa tudo à sua passagem
Que segues cabisbaixo, olhar vazio
Compenetrado no medo
Violentamente fragilizado
Mentes descaradamente
A tua vida é mero passar das horas
E depressa chegarás ao dia
Em que verás através de mim
Em que sentirás a fealdade do finito
Em que me contemplarás num último adeus
Para depressa seguires na tua infinita normalidade...

Sem comentários: