domingo, 8 de julho de 2007

Apresentação d'O Medo do Dia Seguinte 03-03-2007

Por essa Mulher maravilhosa de quem tenho a honra, o privilégio de ser amigo, chamada Sónia Gonçalves:


«Estou aqui, como amiga, no concretizar de um objectivo de vida, porque o Manuel Marques que conheço, desde sempre sonhou com este dia, com esta pequena vitória, e ele merece-a!

O estilo do Manuel não é definido, não é apenas um, apesar de único.
Não deixa de ser surpreendente a facilidade com que escreve seja acerca do que for, de como pega nas palavras isoladas e com elas constrói castelos de fantasia, de amor, mas também desencanto, realismo e muito humanismo.

Não me cabe a mim contar a história as as histórias do escritor, pois apesar do que nos é contado, coisas há que deve ser o próprio a contar. O que aqui deixo é apenas uma pequena reflexão sobre um homem e os seus pensamentos sobre o que o rodeia.

Sobre um amigo, pela autenticidade de quem é, como é, com todos os seus defeitos e virtudes, e que não espera que o aceitem de outra forma senão dessa, sem condições.

Alguém que não se conforma com o egoísmo, a passividade ou a indiferença de uma sociedade que cada vez menos parece importar-se consigo própria e no entanto consegue adaptar-se às suas idiossincrasias com maior ou menor dificuldade.

De quem procura, a custo, o seu caminho e a sua voz no mundo e que entende, que por vezes, não se vai a lado algum quando se vive depressa demais...

As palavras falam do que ficou por fazer, desejar, sonhar e sentir.
Do que ainda há por descobrir e partilhar, do caminho ainda longo a percorrer. Do que falta para amar, as coisas, as pessoas e a própria vida...

São a expressão de quem vê e sente o que as coisas são e não o que deviam ser ou o que devíamos ver e sentir, e que nos fazem parar para pensar, sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos...

Como já referi, estou aqui como Amiga e como leitora do Manuel Marques, para apresentá-lo também como poeta para que o vejam como eu o vejo, como um escritor de muitas qualidades, homem amigo e leal, que merece o nosso apoio e atenção.

É um homem irreverente, simples, directo, impulsivo, que precisa das relações humanas para que a sua poesia flua, para que consiga pôr ordem nos impulsos fervorosos que lhe invadem o espírito.

Não se deixem enganar pela sua aparência calma, por dentro fervilha de emoções, de uma vontade de fazer o mundo à sua imagem, à sua maneira, e a sua maneira tem sido a poesia.

Escreve para exorcizar os fantasmas, em cada poema há um pouco da sua alma gravada a ferro e fogo, é genuíno, mas também inconstante, e isso é assim porque tem uma ânsia, por vezes brutal, de mudança, de novos horizontes, de novas metas para atingir, como se parar fosse morrer!

Os poemas que estão n'O Medo do Dia Seguinte são os de um homem amadurecido, mesmo os mais intimistas, os mais pessoais, são os poemas de alguém que encontrou um caminho e está disposto a segui-lo custe o que custar, mas sempre com respeito pelo próximo.

São poemas de um homem da cidade, de amor e de dor, de um homem que tanto escreve poesia como já deu aulas de condução ou trabalha num Banco, com a dedicação a que as pessoas que o rodeiam têm direito.

Os seus textos são directos, por vezes sarcásticos, por vezes de um amor deslumbrante, por vezes puro desencanto.

Neste pequeno livro estão grandes pedaços daquilo que é a poesia do Manuel, um homem sem medo, que vive na ânsia infinita de concretizar a vida não vá algum vendaval chegar e levá-lo sem ele ter vivido certo instante.

São poemas de um homem que ama o seu semelhante, e para quem a Poesia é imprescindível na sua vida. Não imagino o Manuel Marques sem as suas letras, as suas canetas, os seus pequenos livros, onde escreve, onde solta a sua alma, para nosso prazer!

Esta poesia é directa ao coração, um convite às emoções, à paixão pelo ser humano e pelas relações nem sempre cordiais entre homens e mulheres. Pode por vezes causar confusão a dedicação a certas causas, não se deixem enganar, ele apenas escreve o que sente no momento em que escreve, apenas imprime sentimentos, apenas se deixa envolver pelas memórias, pelas pessoas que o rodeiam, pelo que lhe fazem, pelo que lhe acontece.

Aos leitores d'O Medo do Dia Seguinte cabe comprovar o talento emergente do Manuel Marques.

Entre a realidade que nos rodeia, os amores e desamores, os encontros e desencontros, encanta-me este brilho que o Manuel Marques deixa sair da sua alma, para nos deleitar com a sua poesia, agora e para sempre.»

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