terça-feira, 11 de março de 2008

005 Sopro de Luz




A noite já não é bem uma criança, cresceu, instalou-se no horizonte e neste recanto do Planeta Terra deveriam estar todos a dormir. Esta é a forma egoísta pela qual fomos educados a pensar.

Há sempre excepções à regra.

Os noctívagos, os que vibram, os inertes, os silêncios e as fases da Lua, azul ou negra como a morte, cândida e assassina.

A noite jaz escura no coração de quem a enfrenta sem os artefactos de artificial contemplação.

Subjacente o medo de perder a rotina da normalidade a que sujeitamos muito do tempo que passamos vivos.

Tempo perdido numa escuridão ainda mais densa que uma noite sem Lua, de nuvens ainda mais negras que a esperança de chegar são e salvo a qualquer lado.

Mas, eis que o ser humano, por comodismo ou mero negócio resolveu arranjar uma forma de guiar o próximo, mesmo na mais completa escuridão. A resposta essa está sempre na vontade do amigo invisível que une não se sabe muito bem o quê, tendo que correr tudo muito bem, sempre. E quando não corre tudo bem a resposta está no inimigo invisível que nos consome a alma pelo medo e nos incita ao ódio.

Até podemos ter um sopro de luz nas nossas vidas, mas se não acreditamos no amigo invisivel podemos ser deixados à mercê dos deserdados do jardim celestial, os maus, os seguidores do inimigo invisível, os que vivem nas trevas, iluminadas pelo mal infinito.

Para bem dos pecados mortais de cada um oxalá que não coabitem as mesmas idiossincrasias para além desta vida de luz e de trevas!

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