sexta-feira, 18 de abril de 2008

033 Deserto de ideias


Deserto de ideias em feias confluências de destinos, objectivos mal amados, pessoas que pisam a dignidade do próximo e acima de tudo sem interesse para a evolução da humanidade, apenas a estagnação.

A cabeça quase que explode dos sentidos aguçados para uma realidade feita de imensos espaços por preencher, de uma solidão auto imposta que apetece destruir por uma qualquer companhia, algo que se agiganta em pose de egoísmo que olvida os amigos, os precisos sentidos aos quais deveríamos dar ênfase para aproveitar a vida, esquecendo a morte certa como único refúgio para a paz que tanto se pretende.

As lágrimas vão caindo, mas com tanta força e rapidez que se não se tomarem as devidas providências não há forma de saber se o que se segue é apenas um deserto de emoções ou apenas um qualquer acto tresloucado polvilhado de cenários vingativos.

Alguém já se lembrou alguma vez de falar em paz, de parar um pouco para não pensar e sorrir? Mas sorrir com tanta vontade que não reste mais vontade nenhuma num ser senão amar, abraçar, simplesmente VIVER?

Cada um de sua forma precisa de alguma fé para sobreviver neste mundo de cães esfaimados de ódio, de agonia em guerras despropositadas (todas o são).

Começo a crer que talvez valha mesmo a pena olhar para dentro e conquistar-me, dando algum alento ao coração na luta pela manutenção da sua rotina tão maltratada.

Bate o coração, bate forte e feio na vontade que têm de o fazer parar. Pela paz, pelo amor, pelo descanso eterno do desconhecido. Raios partam o desconhecido quando há uma vida inteira sem previsão de término para viver! É difícil de continuar? As dificuldades devem ser sempre o grande estímulo que o ser humano encontra para se ultrapassar a si próprio.

Mas eu... eu acredito que as coisas acontecem por algum motivo, nada é por acaso, e se todos temos nove vidas como os gatos, uma de cada vez e sem lugar a lembranças das anteriores, torna-se ainda mais importante saber o lugar que certas situações, certas pessoas que nos aparecem de rompante, que no seguem pela vida e nos testemunham uma miríade infindável de emoções que podem tomar no rumo dos acontecimentos.

Houvesse forma de apagar a angústia do dicionário das relações humanas que o desejo entre cada ser ainda se deterioraria mais. Como diria alguém 'o amor é estranho sem dor', e é, claro que é!

Acompanhante musical em sessão dupla:
ARCADIA - EL DIABLO

DURAN DURAN - WINTER MARCHES ON

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