domingo, 7 de fevereiro de 2010

092 E o teu corpo estremece


Fonte da foto: aqui

Tenho pouco tempo para falar contigo, no meio de tantas e severas discussões agendadas chego mesmo a temer que se dê a explosão de alguma ideia enlouquecida no meu cérebro.

Imagina então como seria não assistir ao crescimento dos nossos filhos, de cada vitória em gestos que apenas para nós se revestiriam de gloriosas etapas vencidas. Confesso-te que estou mesmo a pontos de abandonar tudo isto e dedicar-me a viver a família que tenho, liquidadno de uma vez as discussões em fila de espera, porventura algumas a passarem para a encarnação seguinte, com juros de mora e memórias incrustradas no juizo da comarca do infinito.

Dirias que em minha homenagem o farias bem e melhor acompanhada, porque a solidão não é companhia que chegue para o ser humano, antes fosse e assim o satisfizesse.

Sublima então a agonia com que alimentas o teu ignóbil puritanismo. Faz aquele olhar de imperial tristeza e prote-me os mundos paralelos que já tenho como certos mas que tu penas que eu não sei. Garanto-te que no dia da viagem se nos encontrarmos te vou amaldiçoar para sempre., em vil homenagem ao amor que nunca pudeste concretizar.

Sabes lá tu porquê se te podia ter amado e criado os nossos filhos até as nossas almas se tornarem imortais e se prepararem para amadurecer novas vidas, novos conceitos de vida a dois em franca harmonia, desejos de surpreendentes concretizações.

02-06-2008

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