sexta-feira, 7 de maio de 2010

114 Amo-te


Lá fora deitam os foguetes em honra do raio que os parta e assim se ilumina o Céu enegrecido, esquecendo-me qual a constelação a que devo dedicar esta despedida.

Meu amor assome-te à vida, abraça o finito porque nunca saberás quando te alimentarás do néctar dos deuses profanos, nem a que horas te apresentarás para o julgamento final.

Antes de Jesus já andavam por aí os profetas, uns com mais graça que os outros, todos com o seu saber que nos dias de hoje se teima em desgraçar em quem neles se apoia, apenas para dar a si próprio uma vida melhor.

Amo-te ego desmedido e não quero mais saber das pessoas belas que te rodeiam numa frustrada indiferença que deixou de me atingir. Deixei de ter feridas sem hipótese de cicatrização.

13-07-2008

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