quinta-feira, 13 de maio de 2010

o meu pensamento é um rio subterrâneo

1.
vêem pedaços de trevas
tudo ao contrário
desprazer e totalitarismo
ainda se fosse de orgias
executadas
prazenteiras
gritadas ou meros gemidos

alucinadas criaturas
que habitam subconscientes
elaboradas tentações
calóricas
e até mal cheirosas
vómito
ou prazer
quem sabe



2.
vá de retro
pés ao caminho
arde longe
nesse inferno
para onde nos sugaste

e saímos
dilacerados
fervendo de dor
filmes frios
sem chama
que nos habitarão
os dias
negros
sem paixão
ainda assim
viraremos a página



3.
redenção
caminhos escuros
podridão assinalada
na cruz esquecida
apesar de recordarem
o que nem sentem
e em nome da terra
sobrevivemos bem
até ao ataque cardíaco
fulminante



4.
olhares desentendidos
corpos oferecidos
em pose de mau agoiro
ainda assim dispostos
para o prazer
sem temer
as ideias feitas
a necessária afinação
que para nada serve
antes quero tudo
armadilhado
em nome da vida
da puta da felicidade!



escrito de 8 a 16-12-2009

Sem comentários: