domingo, 7 de novembro de 2010

que a minha consciência de ilusão

1.
fugia de algo
a correr sem alma
o corpo abandonado
a uma velocidade trepidante
e a vida era assim mesmo
e fugia cada vez mais
depressa e sem saber
o porquê de tanto medo


2.
do outro lado
seguro apenas o vazio
apesar das lágrimas
do adeus sem deus
apenas raiva
muito ódio comprimido
sementes do diabo à espreita
e fumei outro charro...



3.
fora de serviço
sem controle definido
corre corre que não te esperam
a fata morgana
e vida normal nem vê-las...



4.
o mundo está azul
os corpos bóiam
e era tudo a brincar
apenas apinhados
buscavam emprego
pura ilusão





escrito em Maio de 2010

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