sábado, 5 de novembro de 2011

nem a nós encontramos no infinito

1.

interromper o oxigénio
pelo deserto desconhecido
as lágrimas esquecidas
tudo perdido
ferido
lapidado
e a quem interessa?
2.
o paraíso
isso de ajudar
para o infinito
prazer de alguns
boa consciência
no olho do cu
furacão sem tesão
3.
ter de o fazer
como acto masturbatório
sujando tudo
sem gozo
sem o prazer de o VIVER
4.
quimicamente dizendo parvoíces
nivelando a estupidez
ao culto, ao puto
que não sabe porque faz
apenas imita
até se tornar verdade
mas nunca é
5.
fechados numa caixa dura
sem entrar nem sair
oxigénio sujo
impuro como tudo
e para quê algo diferente?
Manuel Marques, Março 2011

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