sábado, 5 de novembro de 2011

noite de vida sem amanhecer

1.
sonhei que ardíamos
num ramo alto
quase a tocar no Céu
e o demónio saltava
o amor voava
no dorso duma pulga
na vertigem duma barata

uma porca de uma barata!
(para ser gritado com asco e raiva...)
2.
as fotos estão prontas
as pontas sujas
os beijos molhados
os porcos assados
está lá tudo
menos nós
onde nos metemos?
3.
o romance acabou
apenas a arrogância
do nada
egocêntrico vazio
de noite
de morte e tesão
apenas caído
num colchão partido.
apenas silêncio
sem orgasmo
vaidoso
sem nada
nem espelho
nem a puta
e o que pariu
Manuel Marques
11/12-03-2011
 

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