domingo, 7 de novembro de 2010

bom servo das leis fatais

1.
na boca
um desejo viciante
de saliva
demorada
com gemidos
e minada
de fervor
dentro de ti
de mim 
em viagem
na descoberta
dos instintos inquietos
sem que a morte
incomode o orgasmo


2.
falta a mensagem
aquele momento
insaciável
e depois nada
apenas o calor
suor em bica
e nada para dizer
apenas adeus
e desejos de sair
sem passar
aconchegar o frenesim
numa qualquer memória
inquieta
que a doçura não desperta



3.
saindo da verdade
aconchegas as dores
num vazio perfeito
e esqueces
os momentos atrozes
para um beijo perfeito
salivando as consequências
imediatas de ressuscitar
as suposições do teu amor
pelo cheiro
inebriante queda
em abismos de sensualidade
e até voltas à realidade
com um sorriso
em lábios saciados
e corpo abandonado
a um prazer infinito
e até morres feliz!



4.
aparências de prazer
sem continuidade
nada se atravessa
porque não
tinha necessidade
nem vontade
apenas sorria
mas via-lhe a maldade
ainda assim levantaram voo!



escrito em 15 de Julho de 2010

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