quinta-feira, 24 de maio de 2007

Liberdade



Os podres com vida compactuam no seu lodo
Ensinam as suas mirabolantes canções inócuas
Lançam a chama da ignorância
Semeiam a putrefacta melodia do banal
Prendem-me os sentidos num inferno sem chamas

E os passos compassados dos senhores em fila
Armas ao ombro, prontos a disparar contra a liberdade
Sentido individual de querer, mera desconstrução
O sangue gela nas veias, a estupidez nunca pára
A doença dissemina-se pelo cérebro dos incautos

Qual liberdade?
A senhora de idade avançada que chora compulsivamente
O neto perdido numa guerra sem fim
E os senhores que mandam sentados apenas semeando destruição
Qual a nossa função de humanos no meio disto?

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