sexta-feira, 25 de maio de 2007

Terra





A vida gira à volta dos passeios sujos
As pessoas acotovelam-se para subirem ao Olimpo
Meros suores frios pela existência errática
Os prazeres da mera contemplação, ausentes
Para sempre

Seguem os desprovidos de sentido
Os inquietos pela ausência da paz podre
Como é triste receber qualquer advertência
Incutir amor próprio e ondas de paixão
Ser apenas e só diferente

E poder ver a luz do Sol
Só depois de muito penar
Apenas naqueles dias em que apetece fechar os olhos
Por vezes nem querer acordar
A violência da ausência tudo fere, tudo destrói

Terra de sentidos em sentido
Gemidos inconsequentes de prazenteira inocuidade
Os podres com vida dominam na mediocridade
Semeiam os ventos de atroz banalidade
De inconsciente alarido...

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