domingo, 6 de maio de 2007

Fosse Eu Uma Metáfora Somente





Hoje veio a saudade intermitente
De uma forma de ser que já não é
De um contexto que nunca foi de glória
De mulheres que me tocaram bem no fundo

E enquanto troveja lá fora
E o meu corpo sua apesar do frio
As glórias do mundo jazem esquecidas
À espera do Salvador que retorne a casa

A quem importa o sentido físico da existência banal?
Fosse eu uma mera história
À qual pudesse mudar o sentido
Riscar a rotina e partir rumo ao desconhecido

Afundar de vez a vulgaridade
Do passado ainda por mumificar
Construir novas relações
Novos rumos para glorificar o encanto

E quando olho em volta
Vejo a alegria apenas como metáfora
Os seres dançantes
De ar sério e compenetrado
E quando ao parar
Se encostam à parede
Pensativos e tristes
E eu em silêncio
Sem poder intrometer-me
Para que sirvo?
Fosse eu uma metáfora somente …





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