sábado, 12 de maio de 2007

Ao Meu Recorte Humano e Vil





Porque toleras as indecentes propostas do demónio?
Porque danças ao som de uma prece sem sentido?
O sentido da vida perdeu-se algures por aí
E eu tive que seguir ao teu lado
Sem pudor, sem rancor, apenas porque quis
Sem te lançar um dedo acusatório
Ao contrário de quem não te soube enfrentar

Há voltas infinitas a dar
Vidas inteiras de ódio por desmontar
Frustrações sempre prontas a carregar
Ausências típicas das alturas do penar

Ah mas eu estou sempre lá
Nas ruínas de uma qualquer frustração
Quando todos sorriem de costas voltadas
Quando as chamas sobejam para ti
E o conforto se afasta indefinidamente
Eu estou lá e tenho orgulho
Mesmo que demores a reconhecê-lo
Luto pelo teu amor à vida, escondido
Sou guerreiro da tua paixão escondida
Das vibrações positivas que te habitam
Sem que tu lhes dês o devido valor

Eu até posso estar errado
E tu seres a vil prece do anjo Lúcifer a cirandar
Mas em ti eu vejo a pureza dos justos
No meio da ira incongruente
Do sorriso difícil e inconstante
Da superioridade de espírito escondida
Para quem não quer ver

Eu amo-te para lá da loucura dos amores eternos
Eu puxo-te para o topo do mundo e obrigo-te a lá ficares
Eu dou-te um sorriso permanente
Mesmo que também não sinta a compreensão
Dos malditos que te odiaram
Dos injustos que te criticaram
Da deslealdade que foste vitima!

Sou o teu anjo da guarda
Vou ser sempre o que luta por ti
Mesmo sabendo que outro te vai tomar para seu amor
Cuidados redobrados para te ver feliz
És a musa inspiradora da minha luta pela justiça
Dos princípios da brilhante e oportuna compreensão
Por ti esqueço que vivo e parto para a outra dimensão!



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