O silêncio sobrepõe-se à constante lamúria do vento que teima em aproximar-se lançando o caos e a sombra infinita das trevas. Felizmente o vento ainda lá está, longe, e posso contemplar a mãe natureza quase em estado selvagem, rodeado dos malmequeres e jasmins em alegre confluência de destinos.
A vida é de quem luta, de quem se predispõe a acreditar em algo mais que a medonha imposição dos que nos impingem as crises e os conceitos de medo que nos impedir de viver com plenitude.
Há falta de coragem neste mundo para agarrar os sonhos, de ir atrás de uma vida normal e anunciar boas novas aos corações destroçados apenas porque sim, sem que haja motivos ou interesses escondidos.
E mesmo aqui, no repouso breve de um concerto em que apenas se tocaram algumas árias desafinadas, de uma sinfonia que tem outros predicados escondidos, os olhos brilham pelo contacto com o ar campestre, invísivel ao olhar, em comunhão plena com os pulmões. Brilham do intenso prazer de estar rodeado de pessoas normais, dos campos verdejantes a perder de vista, pela cegonha que se aninha no seu ninho, pelos pardais que voam em bando desgovernado, cruzando os céus à minha esquerda, pelo ar que teima em ser puro apesar da civilização crescente.
A vida é de quem luta e aprecia as coisas simples da vida, sem que o dinheiro seja a maldição que nos arruína qualquer sonho.
A luta essa deve ser constante, até ao dia em que o coração parar.
Acompanhante musical: DESPEDIDA COM GOSTO DE REGRESSO (O RIO E TOM JOBIM)
sábado, 7 de junho de 2008
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