terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

062 Pelas razões esmagadas


Ande por onde andar as pessoas conseguem sempre deixar um travo de desilusão em relação à sua maneira de estar. Não é que pense mal delas mas os males parecem multiplicar-se sem escolher as nacionalidades.

A falta de carinho, os desamores e as tristezas são universais e a vida segue caminho nessa rotina banal, tão trivial que já ninguém liga. Todavia mói e semeia dores que nunca chegam a sarar por completo.

Seria bem melhor que ao caminhar pela vida as pessoas se consciencializassem que há vida para além delas e que a forma dura como por vezes agem perante as expectativas alheias é um mal que tende a destruir o amor próprio, até delas mesmas.

Será que se tem consciência que pelo facto efémero de se ter uma companhia de cada nação por onde se passa, sexo com fartura e orgias sem parar é motivo que baste para ignorar um filho na altura em que ele precisa mais de um pai?

Custa-me a ver tantas mães solteiras, não tanto por causa delas, antes pelos idiotas dos pais que não sabem assumir as vidas que trazem ao mundo. Não procuram dentro de si o amor que um pai deve por vontade própria demonstrar.

Confesso que me dói nos tempos que correm a ausência de tanto afecto. Talvez o mundo esteja mesmo a terminar e seja necessária uma nova tempestade que varra toda esta indiferença do cimo da Terra!

12-05-2008


Acompanhante musical: Jorge Palma - Acordar tarde (poema de Al Berto)

Sem comentários: