sexta-feira, 27 de março de 2009

075 Para além de tudo


1ª parte 074 Teu corpo é um rio


Um rio onde apaixonadamente me deixei cair vezes sem conta, como se da descoberta de um novo sentido para a vida se tratasse. E enquanto gemias em suaves convulsões que te faziam sorrir mesmo de olhos fechados, fui descendo até encontrar o teu sexo húmido, ávido de desejo, como se o mundo se resumisse a saciar-te naquele momento. Verdade, verdade pura que depressa comprovei sorvendo com crescente satisfação a tua excitação até ao momento em que explodirias de gozo.


Por estas alturas o gato aninhava-se na cadeira à entrada do quarto e dormia. Estavas completamente descontrolada de tanto prazer que eu próprio sentia dificuldades em me conter mais um pouco. Era então chegada a altura de tomares conta dos acontecimentos e de nos elevares ao expoente máximo da loucura.


E sempre depois de ambos atingirmos o primeiro orgasmo, que sempre sujava alguma parte diferente do apartamento dos amores afogueados, seguíamos caminho pelo tesão crescente e penetrava avidamente em ti, de murmúrio em murmúrio até ao auge em que a cama parecia estremecer mais do que o que devia. Chegaste mesmo a ter que comprar um sofá novo tal a força com que nos amávamos. Até mesmo naquele dia em que a polícia bateu à porta a perguntar se precisávamos de alguma dose extra de preservativos que os vizinhos andavam demasiado agitados com os nossos calores.


Epílogo: 076 Um mar de gente

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