sábado, 6 de fevereiro de 2010

090 Deixa-me inventar-te



fonte da foto: google imagens


Era uma vez um desejo tornado realidade, algo que acontecia de tempos a tempos na vida dos pacíficos José e Maria.

Nascera o filho, tantas vezes desejado, quantas vezes anunciado e depois adiado.

Maria quis ter um parto natural para que depois soubesse dar o devido valor à maternidade. Ah este orgulho vinha da sua mãe, que a odiava e havia abandonado à porta de Dona Jacinta, uma benção para Maria que seria educada em princípios justos, tendo sempre em conta os valore do mundo que a rodeava. Por vezes d0ce, por vezes dura, Maria tornou-se uma mulher cristalina, de pecados normais e desejos naturais.

Já José Tivera uma vida mais baseada nas aparências, protegido em demasia e vitima de alguma violência doméstica, sobretudo quando se punha à frente do pai, levando em vez da sua passiva mãe, que tanto o acarinhava. Outras vezes levava nas mesa, apenas porque contrariava a vontade do vetusto senhor seu pai.

Ah, mas voltando ao filho, ele chama-se David, nasceu assim para o gordito, olhos azuis e careca. Bonito o petiz e felizes os pais, pela concretização de uma vida normal, sem réguas, mesmo que às vezes com algum vinho e alegria a mais, sem necessidade de qualquer mãe substituta para criar o seu próprio filho. E o lar tinha tudo o que precisava para oa três serem felizes.

Era uma vez um desejo de te querer reinventar, apenas e só porque aspiro a uma vida normal.

01-06-2008

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